Pesquisa aponta que quase 90% das prisões ocorreram após prisões em flagrantes

Uma tese de doutorado na Universidade de São Paulo trouxe o verecdito para a eficácia do trabalho da Polícia Militar no aspecto punitivo. O juiz Marcelo Semer, do Tribunal de Justiça de São Paulo, em tese de doutorado na USP, revelou que apenas 11,25% das condenações foram precedidas de investigações policiais. Nada menos do que 88,7% das prisões ocorreram após flagrantes nas ruas.
Ele foi categórico ao afirmar que no Brasil a investigação é irrisória. Em geral, o trabalho é dirigido ao pequeno traficante, ao microtráfico. “Pouco se avança para estabelecer a participação dos presos em quadrilhas ou organizações criminosas —afirma Semer.
O pesquisador explica que, sem investigação, a condenação geralmente é feita com base nas informações dos policiais que fizeram o flagrante. Muitas vezes os agentes relatam, como testemunhas, que o próprio detido levou a algum local onde havia alguma droga guardada.